Cerca de dez mil pessoas foram contabilizadas em visita à exposição do Prêmio CNI/SESI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas, realizada no Pavilhão das Artes, em Cuiabá, que se encerrou no último domingo (26/08). O número representa um verdadeiro recorde de público para este tipo de evento na cidade, conforme os organizadores – o Serviço Social da Indústria (Sesi-MT) e a Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC).

A mostra, que é realizada de dois em dois anos, conta com obras de cinco artistas brasileiros premiados: André Komatsu, Jonathas Andrade, Laura Belém, Marcone Moreira e Paulo Nenflidio. Nelas são expostas diferentes técnicas, meios e linguagens como esculturas, vídeos, fotografias e desenhos.

Para o secretário estadual de Cultura, João Laino, o número de visitantes é prova eloquente de que existe público para a arte e este é um segmento econômico pulsante e importante para o Estado. Dessa forma, não pode ficar relegado à terceiro ou quarto plano, pois pode ajudar a alavancar a economia estadual, desde que a cadeia produtiva seja fortalecida, como aconteceu com este intercâmbio do Prêmio.

Esta foi a primeira parceria entre SESI e SEC, mas promete ser a primeira de muitas diante da repercussão da exposição. Quem garante é o superintendente do SESI, José Carlos Dorte. Segundo ele, foi uma grata surpresa saber do montante de público. “Esperávamos um público bom, mas não com o número final a que chegou. Não sabíamos que a arte contemporânea iria chamar tanto a atenção. Agora, percebemos que há demanda para este tipo de evento não só para o público, mas também que ele é um anseio da classe artística local para que possa se reciclar. Acreditamos que o Prêmio demonstrou aos órgãos indutores de Cultura que a demanda existe, mas está reprimida ainda por falta de oportunidade”, analisa.

A coordenadora do Intercâmbio e gestora do Pavilhão das Artes, Magna Domingos, concorda com Laino e Dorte. “O Prêmio Marcantonio Vilaça foi de extrema importância para Mato Grosso porque, além de demonstrar o interesse do público, colocou o Estado no cenário da produção artística contemporânea brasileira. O número recorde de visitação demonstra que essa exposição afirma como são importantes os investimentos na Cultura, tanto na produção quanto nos espaços públicos e nas políticas para fortalecer o setor e formar plateia”, destaca.

A mostra itinerante do prêmio já havia ado pelo Rio de Janeiro e Porto Alegre e, após a exposição em Cuiabá, segue para Macapá (AP), Maceió (AL), Ribeirão Preto (SP) e Belo Horizonte (MG).

QUEM FOI MARCANTONIO VILAÇA - Galerista e colecionador, Marcantonio Vilaça (1962-2000) é considerado o grande responsável pela projeção da arte brasileira no exterior. Empreendedor, ele contribuiu de forma marcante para a cultura nacional, incentivando novos talentos e a abertura de espaços para a divulgação da arte brasileira no mercado internacional. É homenageado pela CNI/SESI desde 2005, por meio do Prêmio que leva seu nome e a meta de democratizar a cultura no Brasil.

Com assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cultura (SEC)