O presidente da Fiems, Sérgio Longen, considerou a elevação da taxa básica de juros Selic para 7,5% pelo Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, um remédio amargo para se conter a inflação. "Estamos vendo com preocupação a alta da inflação e, desta forma, defendemos o aumento dos juros para fim de mantemos o equilíbrio econômico. No entanto, mais uma vez a produção vai pagar a conta", avaliou.
Sérgio Longen defende mais controles nos gastos públicos, mais austeridade nas políticas monetárias e menos políticas com a economia. "Precisamos, com urgência, desburocratizar a produção e regras mais claras para ganharmos velocidade e melhorarmos a competitividade da indústria", reforçou.
Ainda conforme o presidente da Fiems, o País vive hoje o auge das licenças das mais variadas, com alvarás e regras para tudo, dificultando a produção de bens e serviços. "A cada dia que a, novas regras e normas são criadas e os custos elevados. Infelizmente, com tudo isso, cada vez mais, o melhor é importar para atender o mercado nacional. Chegarmos ao ponto de defendemos o aumento dos juros é algo muito difícil", pontuou.
CNI
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), apesar de reconhece a importância do controle da inflação, também lamenta que ao elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual o Copom tenha optado pelo caminho de combate à alta inflacionária com maiores danos à atividade produtiva. A indústria mostra desempenho abaixo do esperado no início do ano, dando continuidade à situação negativa do fim de 2012.
Segundo a CNI, o aumento dos juros é extremamente prejudicial à indústria, setor de maior capacidade de recuperação e de melhor contribuição para o crescimento da economia, mas que já vem sendo atingido por custos crescentes. Para a entidade, o novo ciclo de alta dos juros iniciado nesta quarta-feira irá afetar a confiança do empresário e comprometer os investimentos, cuja elevação considera essencial para reativar a economia.