Qual regime tributário é mais adequado para o perfil de cada empresa: Simples, Lucro Presumido ou Lucro Real? Empresários, contadores, representantes de sindicatos e gestores das áreas contábil e financeira reuniram-se nesta terça-feira (26), na unidade da Fiep do Campus da Indústria, em Curitiba, para entender melhor as diferenças e vantagens de cada um destes sistemas. O curso “Como pagar menos tributos?” foi orientado pelo vice-presidente do Sescon-RJ – Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramentos, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro – Alexandre Andrade.
Alexandre explicou que o curso foi proposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), após uma pesquisa com empresários de todo o país. O estudo revelou que 94% dos entrevistados disseram que o fator “tributação” impacta na competitividade nacional. “Sabemos que muitas vezes os pequenas e micro empresários não conhecem as especificidades da legislação, que de tempos em tempos sofre alterações. Um sistema escolhido como o melhor num determinado momento, pode deixar de sê-lo. É preciso estar atento aos detalhes”, explicou Andrade.
Durante todo o dia, os participantes analisaram as diferenças dos regimes e fixaram conceitos e regras com exercícios simples, apresentados pelo orientador do curso.
Ele lembrou que o Simples entrou em vigor em 2007, especialmente para atender às empresas de pequeno porte e às microempresas. Mas, houve mudanças no regime e na legislação tributária e há pequenos fatores que podem fazer com que este regime não seja o mais vantajoso. “Não há uma receita de bolo, porque não há duas empresas iguais”, disse o contador, destacando também a necessidade de analisar os cenários estaduais, que podem ter um impacto maior ou menor na carga tributária do industrial. “Nosso curso tem um ponto de interrogação em seu título porque queremos construir propostas de como pagar menos tributos.” Ele destacou a importância da ação conjunta, para que os impostos deixem de ser um dos principais problemas para o desenvolvimento da indústria. “Será por meio do associativismo que micro e pequenas empresas conseguirão representatividade e garantirão as mudanças necessárias”, concluiu o especialista.