A queda de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre em relação ao período imediatamente anterior foi mais acentuada que o esperado. Com a queda, o PIB acumula um crescimento de 2,4% de janeiro a setembro deste ano. Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse ritmo de crescimento, que é insuficiente para assegurar o desenvolvimento sustentado, reflete a baixa competitividade do Brasil. A aceleração do ritmo de crescimento depende da superação de problemas estruturais, que promovam a redução dos custos de produção e o aumento da produtividade da indústria.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desempenho negativo do PIB no segundo trimestre, pelo lado da demanda, é resultado do recuo de 2,2% no investimento e, pelo lado da oferta, da retração de 3,5% na agropecuária. A indústria ficou estável.
Mesmo assim, a CNI considera que a retração não se repetirá no quarto trimestre. O investimento é o componente que mais contribui para o crescimento acumulado de 2,4% da economia brasileira neste ano. O efeito carregamento do investimento até o terceiro trimestre é de 6,2%. Com isso, as perspectivas para 2013 indicam que o investimento terá um crescimento expressivo, enquanto que o consumo das famílias perderá o ritmo. A indústria fechará o ano com crescimento moderado.
A partir dos dados do IBGE, a CNI revisará as estimativas para o crescimento do PIB e seus componentes para 2013.