CNI lidera reuniões do Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos, em Washington

Confederação Nacional da Indústria (CNI) lidera a missão e pretende avançar nos diálogos para criar um ambiente mais favorável à negociação de um acordo de livre comércio entre os dois países

Promover o reaquecimento da relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos é o objetivo da missão brasileira de defesa de interesses que desembarcou em Washington nesta segunda-feira (15). O grupo, formado por cerca de dez entidades empresariais que integram o Conselho Empresarial Brasil - Estados Unidos (CEBEU), se reúne até a próxima sexta-feira (19), com o setor privado, governo e congressistas norte-americanos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lidera a missão e pretende avançar nos diálogos para criar um ambiente mais favorável à negociação de um acordo de livre comércio entre os dois países. Os Estados Unidos foram, desde 1930, o principal destino das exportações brasileiras no mundo, mas em 2009 foram ultraados pela China. Em 2013, o Brasil atingiu o pior saldo comercial da história com os Estados Unidos. O déficit acumulado chegou a 11,3 bilhões de dólares. Em 2006 o superávit chegava a quase 10 bilhões de dólares.

"O nosso objetivo de longo prazo é aproximar a relação bilateral. Os Estados Unidos são o país com o maior número de multinacionais brasileiras. A discussão sobre o acordo de livre comércio é de longo prazo, temos uma série de pontos que podemos avançar antes disso", afirma o diretor de Política Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Segundo a diretora da seção americana do CEBEU, Cássia Carvalho, o setor privado americano está reunido informações sobre as oportunidades que o acordo trará aos Estados Unidos e iniciando as conversas com o governo estadunidense."Estamos  fazendo diagnósticos das barreiras e oportunidades do acordo e fazendo consultas à Casa Branca, ao Departamento de Comércio e ao Congresso. Daqui um tempo vamos levar uma agenda formal de proposta ao governo, o que deve levar cerca de um ano e meio", explica.

OUTROS INTERESSES - Além do acordo de livre comércio, a CNI apoia a negociação de um Acordo para Evitar a Dupla Tributação (ADT). "As empresas brasileiras estão se internacionalizando e bitributação é uma perda de competitividade para o Brasil", afirma Abijaodi. Durante a missão será debatida ainda a facilitação do fluxo de pessoas, o Global Entry Pilot, como um primeiro o para a inclusão total do Brasil no Programa de Isenção de Vistos, o Visa Wainer Program. As propostas da CNI para a relação bilateral foram apresentadas aos candidatos que concorrem à Presidência da República. Leia abaixo alguns pontos.

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