Encontro Brasil-Japão coloca reforma tributária como prioridade

Dirigentes das indústrias avaliaram que a simplificação das regras tributárias é um importante fator para melhorar a atratividade do Brasil para investimentos japoneses no médio prazo

A reforma sistema tributário brasileiro é uma bandeira permanente da indústria do Brasil e é apontado por empresários japoneses com negócios em solo brasileiro como principal reforma a ser executada no país. No 17o Encontro Anual do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, que termina nesta quarta-feira (10), em Tóquio, dirigentes das indústrias avaliaram que a simplificação das regras tributárias é um importante fator para melhorar a atratividade do Brasil para investimentos japoneses no médio prazo.

O diretor de Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, disse que muitos países estão enfrentando o desafio da simplificação de seu sistema tributário. Os motivos que os têm levado a enfrentar essa agenda são aprimorar o ambiente de negócios e harmonizar as regras com as praticadas em outros países, no bojo de acordos comerciais. Ele lembrou que a CNI dedicou amplo espaço para formular propostas sobre o tema, incluídas nos estudos da CNI e entregues aos candidatos nas eleições de 2014. “Não temos por que seguir vivendo com um sistema tributário de segunda classe”, disse.

ATRATIVIDADE – O presidente do banco Tokyo-Mitsubishi UFJ do Brasil, Toshifumi Murata, avaliou que a atração de pequenas e médias empresas japonesas ao Brasil como fornecedores em cadeias de produção, uma das metas estabelecidas no encontro, depende da redução do custo médio de investimento no Brasil. Isso a por, entre outros fatores, a redução do peso da burocracia tributária no país. “As condições para ampliar o volume de investimentos de pequenas e médias empresas ainda deixa a desejar”, ponderou.

A secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Heloísa de Menezes, afirmou a empresários do Brasil e do Japão que a reforma tributária, ao lado da reforma trabalhista e de marcos regulatórios, é a mais urgente. Ela acrescentou que as mudanças urgentes precisam ser feitas nas leis do ICMS e do PIS/Cofins, ação que ainda carece de acordo político. “O governo tem pronta uma proposta técnica e há consenso que precisa ser enfrentado com urgência”, avaliou.

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