O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) se mantém estável em março frente a fevereiro e interrompe a trajetória de quatro meses consecutivos de queda. No entanto, continua em patamar baixo e, juntamente com o índice de fevereiro, é o menor desde junho de 2001, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta segunda-feira (6). Além disso, o INEC está 8,1% abaixo do registrado em março de 2014.
Dos seis componentes analisados pela pesquisa, houve piora da percepção dos brasileiros em relação a três: renda pessoal, situação financeira e endividamento. O índice de renda pessoal apresentou recuo de 11%, o de situação financeira mostra queda de 10,6% e o de endividamento cai 4,3% frente a fevereiro. O resultado sinaliza pessimismo sobre o aumento da renda nos próximos seis meses, piora da situação financeira e acréscimo no número de dívidas em relação aos últimos três meses.
Por outro lado há melhora na percepção dos consumidores sobre a evolução dos preços, as compras de bens de maior valor e o emprego. Na comparação com fevereiro, o índice de inflação cresce 10,6%, indicando menor preocupação das pessoas em relação ao aumento dos preços. Já o indicador de compras de bens de maior valor aumenta 9,9% em março ante o mês anterior. O índice de desemprego, que mostra alta de 5% no período e aponta maior confiança dos brasileiros na manutenção das vagas de trabalho.
Feito em parceria com o Ibope, o INEC deste mês ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 21 a 25 de março.
SAIBA MAIS - e a página do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor e veja os detalhes da pesquisa.