Embora as perspectivas em relação à inflação e ao desemprego tenham melhorado um pouco em maio, os brasileiros continuam pessimistas. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) alcançou 98,7 pontos neste mês e ficou praticamente estável em relação a abril. "O resultado mantém o índice no menor valor desde junho de 2001", informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (27).
O indicador de expectativa de inflação aumentou 3,1% e o de expectativa de desemprego subiu 2,7% frente a abril. Conforme a metodologia da pesquisa, a alta dos dois indicadores mostra que subiu o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego nos próximos seis meses.
Mesmo assim, ambos indicadores estão muito abaixo do registrado em maio do ano ado, o que confirma que, mesmo com a leve melhora deste mês, muita gente aposta no aumento da inflação e do desemprego.
O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explica qual o impacto do pessimismo do consumidor na economia. Ouça clicando aqui.
A pesquisa mostra ainda que a população tem uma avaliação mais negativa da situação financeira e pretende reduzir as compras de maior valor. O indicador de situação financeira caiu 1% e o de compras de maior valor recuou 4,4% em relação a abril.
Feita em parceria com o Ibope Inteligência, esta edição do INEC ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 14 e 18 de maio.
SAIBA MAIS - e a página do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor e veja os detalhes da pesquisa.